terça-feira, 31 de julho de 2012

BCAÇ 4213 - 1 CCAÇ - Ponte Rio Sinheu


Militares do 4º Grupo de Combate da 1ª CCaç em cima do abrigo da Ponte do Rio Sinheu. À esquerda, o posto de vigia com os respectivos bidons e sacos cheios de areia e, por cima, uma MG42 para auto-defesa. Na foto, entre outros, o Celestino (TRMS-1ª fila, 1º à esquerda), o Nogueira (1ª fila, 3º) e Fur. Mil. Vitor Magalhães (em pé, 2º à esquerda).

Porque a fome sempre apertava, a caça era uma solução de recurso, embora de grande risco (denúncia de localização, minas e armadilhas). Neste caso uma pequena gazela teve o azar de cruzar a mira dos atiradores. Na imagem podem ver-se o Braga, o Silvestre, o Algarvio, o Freire, o Gomes e o Celestino.

Junto á cobertura do abrigo, em pose, o Celestino.

Com o sempre simpático e amável Pedro, o Celestino e o Nogueira.

Pronto para mais uma saída, o Celestino.

Por vezes pensa-se mais na vida, embora nesta situação pouco houvesse a fazer. Parece ser este o pensamento do Celestino.
 
(Fotos cedidas por Celestino)

domingo, 22 de julho de 2012

BCAÇ 4213 - Guerra Psicológica

A Guerra Psicológica, Acção Psicológica ou, simplesmente "Psico", como era conhecida, foi utilizada por ambos os lados combatentes na Guerra Colonial. No Exército Português, desde os helicópteros com altifalantes apregoando "boas intenções" sobre os aldeamentos indígenas aos mais lamentáveis "actos de persuasão", utilizou-se de quase tudo. Ainda hoje estou convencido que, muitos destes actos, e falo dos mais terríveis, eram gerados pelo medo principalmente, devido á má preparação cultural e militar da maioria dos soldados portugueses.
Na maior parte das vezes o objectivo era "assustar para se defender".

É evidente que do lado da Frelimo as coisas não se passavam de modo muito diferente. O modo era outro sendo o efeito mais incisivo. Devido á característica da luta e ao menor número de guerrilheiros envolvidos, a chamada "Acção Psicológica" fazia-se sentir mais direccionada, mais activa, mais constante e, por isso mesmo, mais estudada/experimentada.
Poder-se-ia dizer que, neste caso, o objectivo passava a "aterrorizar para vencer".
Esta "doutrina" fazia parte da preparação dos guerrilheiros.

De forma mais activa, o estudo da Guerra Psicológica como disciplina, só fazia parte da formação dos Sargentos e Oficiais que tinham passado pelo Centro de Instrução de Operações Especiais em Lamego.

Deixamos o exemplo de um pequeno cartão que deveria ser deixado preso ao corpo de um qualquer guerrilheiro da Frelimo abatido pelo Exército Português:

(frente)

(verso)  (Imagens cedidas por F. Mineiro)

Por parte da Frelimo deixamos outro exemplo embora muito mais abrangente: o seu órgão informativo mais importante durante a Guerra Colonial - A Voz da Revolução (aqui reproduzidas apenas 7 páginas). Era distribuido aos apoiantes e simpatizantes e, principalmente, lido nas Bases pelos guerrilheiros da linha da frente.
Não conheci periódico semelhante distribuido aos militares portugueses em Moçambique.
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quinta-feira, 12 de julho de 2012

BCAÇ 4213 - 2ª CCAÇ - A Vida em Antadora

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1973 - Messe de Sargentos, aniversário do Fur.Mil. João Neves.
Da esquerda para a direita: Fur.Mil. Mecânico Ferreirinha, Bento, Sereno, Martins e Asseiceiro (Enfermeiro)

Meninas do Movimento Nacional Feminino em visita rápida a Antadora.
Em cima do Unimog o piloto da Codelco que as transportou.

Rebenta-minas na picada.
Em cima, à direita, Capitão Proença; do lado esquerdo do homem da bazuca, o Fur.Mil. Mónica e sobre o guarda-lamas, o Fur. Mil. João Neves.

Chegada a Antadora de duas mulheres capturadas no mato.

(Imagens cedidas por João Neves)

terça-feira, 10 de julho de 2012

BCAÇ 4213 - Amizades


Um passeio por Mocimboa da Praia. Da esquerda para a direita: os Fur.Mil. da 1ª CCAÇ, José António Pereira (Tony), Lourenço e Arménio Candeias Pereira.

No bar do aquartelamento de Mocimboa da Praia os Fur. Mil., da esquerda para a direita, Félix (CCS), Brás da Silva (2ª CCAÇ), Guerreiro, Braz e Lourenço (1ª CCAÇ).

Fur.Mil. José Augusto Soares e Lourenço (1º Grupo - 1ª CCAÇ)

Fur.Mil. Lourenço e António Pedro Braz - 1º Grupo - 1ª CCAÇ.

Em Mocimboa da Praia da esquerda para a direita em cima: Fur.Mil. Rui Lindo, José Barros, ?, Carlos Ferreira e deitado, José Augusto Soares.

 (Imagens cedidas por José Barros e J. Lourenço)

domingo, 8 de julho de 2012

BCAÇ 4213 - 2ª CCAÇ - Antadora

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Entrada do aquartelamento de Antadora onde estava instalada a 2ª CCAÇ.
Da esquerda para a direita os Fur.Mil. Mónica, Brás da Silva (TRMS), João Neves e Correia Dias.

Placa identificativa da pista de aviação.
Da esquerda para a direita: Correia Dias, Brás da Silva, Carriço (Vago Mestre), Mónica e João Neves.

Unimog de abastecimento de água recolhida no rio Muera.


Entrada da caserna dos Furriéis.
Da esquerda para a direita: João Neves, Correia Dias, Bento, Carriço e Sereno.

Traseiras da caserna dos Furriéis.
Da esquerda para a direita: João Neves, Tereso (de costas), Correia Dias e Brás da Silva.

Morro 2 de onde os guerrilheiros atacavam Antadora.

(Fotografias cedidas por João Neves)

sábado, 7 de julho de 2012

BCAÇ 4213 - O Carnaval também foi á guerra

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O-ai-o-linda.. aqui vai a malta da 1ª Companhia!
Fur.Mil. Amorim, á viola no alto; Fur. Mil. Antão, no copo; par dançante à direita, Fur.Mil. TRMS Barros; à esquerda, Fur.Mil. Enfermeiro Rebelo.
Não  ganharam o 1º prémio de dança mas garanto que ganharam uma grande dor de cabeça no dia seguinte!

As duas "matronas" e o Páxa da Pérsia...
O espreita à esquerda é o Fur.Mil Rui Lindo e à viola o Antão.

Continua o Baile!
De costas, o Antão; ao pífaro, o Amorim; viola, o Lindo: frigideira, o Fur.Mil. Carlos Alberto Ferreira (o homem da alimentação da 1ª Companhia); na viola e candeeiro, o Soares.

Tum-tum-tum! Siga a banda e vai mais um!(copo,claro)
O Soares na viola de lata de 5 litros e candeeiro; o Amorim na viola clássica com adorno e tudo; o Ferreira no alguidar de esmalte porque já se tinha comido tudo.

Assim se iludia o calendário, a guerra e a incerteza do dia seguinte.
Também assim se construíu a camaradagem e a amizade.

(Imagens cedidas pelo Barros e pelo Soares)

sexta-feira, 6 de julho de 2012

BCAÇ 4213 - Mocimboa da Praia - O Descanso dos "Guerreiros"



Junto ás manilhas de protecção contra os bombardeamentos, Carlos Almeida (Padeiro), Vitor Mineiro (Escriturário), Garcia (Condutor) e, ao fundo, o Fur. Mil. Amorim, único combatente deste grupo.

Aqui o combate era outro. Na luta contra a fome, da direita para a esquerda: o Pinheiro (Mecânico de Armas da 1ª Companhia), o Carapinha (Mecânico da CCS) e o Mineiro (Escriturário da 1ª Companhia), na terra onde os frangos era do tamanho dos mosquitos e os mosquitos do tamanho de frangos.

(Imagens cedidas por Vitor Mineiro)

quinta-feira, 5 de julho de 2012

BCAÇ 4213 - 1ª CCAÇ - A vida na Ponte do Rio Sinheu


O abrigo da Ponte do rio Sinheu visto de um dos montes onde a Frelimo se posicionava para iniciar ataques.

 A ponte vista da cobertura do abrigo.
Cobertura do espaço que servia de refeitório e cozinha quando havia alguma coisa para cozinhar.

Por iniciativa do Fur.Mil. José Augusto Soares (sentado, segundo da direita) foi construido um forno a lenha e a partir daí passámos a ter pão fresco quando necessário e quando havia farinha. Na foto o amassar da farinha.

Elementos do 1º Grupo de Combate da 1ª Companhia em cima da cobertura do abrigo, frente ao posto de vigia. Ainda se reconhecem na foto o Castro (em pé, segundo da esquerda), o Teixeira (em pé, segundo da direita) e o 1º Cabo Aguiar (em pé, primeiro da direita).

Batimento de zona. Sobre a cobertura de sacos de areia do abrigo o Fur. Mil. Lourenço.
Havendo suspeita de ataque, disparavam-se umas rajadas para o local no intuito de provocar os acontecimentos e não ser surpreendidos.

Resposta a ataque. No fosso onde estava instalado o morteiro, o Fur. Mil. Soares respondia aos bombardeamentos da Frelimo.

Rebentamento no rio Sinheu muito próximo da localização da ponte.

Momentos de sossego. Junto ao posto de vigia na cobertura do abrigo o Lourenço lê Pablo Neruda.

Momentos de brincadeira. Com uma suposta máquina de filmar construida com um caixote de munições e caixas de granadas o Lourenço filma as actuações do Fur. Mil. Brás.
No chão, um rolo de filme (arame farpado) e a cadeira do realizador.

Os graduados do 1º Grupo de Combate: em pé, da esquerda para a direita, Lourenço, Soares e Brás.
Sentado, um militar que acompanhou o Grupo temporariamente a fazer o tirocínio para capitão.

(Imagens cedidas por José Augusto Soares e Lourenço)

terça-feira, 3 de julho de 2012

BCAÇ 4213 - 3ª CCAÇ - Diaca

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Chegada da 3ª Companhia a Diaca transportada em coluna de Berliet com segurança feita por Grupos de Combate da 1ª Companhia e um Grupo da Companhia de Artilharia.

Vala e posto de vigia e defesa junto ao arame que circundava o aquartelamento de Diaca. Na foto, João Afonso.

Anibal Santos no Obus 8.8

João Afonso junto á entrada do aquartelamento.

Chegada de um helicoptero deixando correio e alguns víveres. Ao fundo, junto ao mato, um dos elementos do Grupo de Combate que fazia protecção.

Mulheres nativas com abastecimento de água.


Na época das chuvas, dava para fazer ski no aquartelamento e reduzir o stress da guerra.

(Imagens cedidas por João Afonso)